domingo, maio 15, 2016

Árvore Genealógica - Em busca das origens - como ler certidões antigas

Caros amigos, o post a seguir é uma tentativa de ajudá-los a ler e entender os registros de batismo, casamento e óbito da igreja católica a fim de que a busca por informações de seus ancestrais possa resultar na melhor experiência possível. Procurei falar o mais simples e didaticamente no intuito de lançar luz sobre suas dúvidas - clique nas fotos para aumentá-las. 
Muito boa sorte sempre!
FOTO 1
O registro acima é a certidão de batismo de minha octavó. Ao ler o registro, o que vocês conseguiram identificar? Uma rápida lida nos mostra o nome e o lugar de origem (no canto superior direito) e na primeira linha vemos uma data, certo? Para acessar as outras informações da certidão, tais quais nomes dos pais, padrinhos e padre, bem como seus lugares de origem, é necessária uma lida mais detida e atenciosa. 
Observem agora esta outra certidão na qual consta o registro de casamento de seus pais:

FOTO 2







Sem levar em consideração a data que eu pus no topo da imagem, o que conseguimos identificar numa rápida lida? No canto superior direito o nome dos nubentes e seu lugar de origem, no final da página a assinatura do padre, correto? Mas, no corpo do texto, o que se pode identificar?

É justamente esta a primeira dificuldade que um pesquisador vai enfrentar: a leitura dos textos. No entanto, por mais difícil que ela possa parecer à primeira vista, como diz o ditado: "com o tempo e a prática tudo se ajeita".

Levemos em consideração que os assentos de batismo, matrimônio e óbito vão seguir uma forma clássica, um ritual estabelecido pelo Concílio de Trento. Sendo assim, há uma fórmula, seguida mais ou menos à risca, que uma vez aprendida deixará o texto mais fácil de ser lido mesmo quando ele não esteja otimamente legível. Também, poderemos contar com o fato de um padre ou escrivão passarem anos numa mesma freguesia, daí, conseguimos nos habituar e reconhecer sua grafia após alguma leitura.

Decifrando os Assentos de Batismo:
Nos assentos de batismo sempre constarão o nome da criança, o lugar de origem (em Portugal), a cor da pele (no Brasil) escritos nas laterais e/ou no texto, o nome dos pais, o nome dos padrinhos e a assinatura do padre. Em Portugal também, geralmente, se verifica os nomes dos avós e os lugares de origem deles e, às vezes, as profissões dos pais e avôs.

Via de regra, os registros portugueses são assim: "no dia tal, do mês tal, do ano tal, batizei e pus os santos óleos a tal pessoa, que nasceu no dia tal, filha legítima de Pai e Mãe, do lugar tal. Foram padrinhos 1, de tal lugar, e 2 de tal lugar, do qual fiz este assento (no dia mês e ano como ut supra) o qual/que assinei". Se a criança era filha de pais que não eram casados na igreja católica, o registro trará apenas o nome da mãe, sem indicar que a criança era "filha legítima"; se a mãe era solteira, dirá que a criança é filha de pai desconhecido ou incógnito. Nesses casos, algumas vezes, o registro dirá que a mãe era "lavadeira", geralmente (mas nem sempre) um eufemismo para prostituta.

No Brasil, por sua vez, os assentos são assim: "No dia tal, do mês e anos tais, batizei solenemente e (pus os santos óleos) a Pessoa, nascida em tal dia, mês e ano, filha legítima de Pai e Mãe, foram padrinhos Estes e tocou a coroa de Nossa Senhora Este".  Se a criança era filha de mãe solteira, africana escrava ou indígena, o registro trará apenas o nome da mãe indicando que a criança era "filha natural".

Ainda no Brasil, por causa da divisão da sociedade em termos étnicos, na lateral do documento  e/ou no texto constará a cor da pele da criança ou do adulto batizando. O batizando branco teria ou não a cor indicada, mas mestiços, africanos e indígenas sempre seriam identificados como: índio, cabra (um dos pais era mulato e o outro preto), creoulo (africano nascido no Brasil sob os cuidados dos seus senhores), pardo (mestiço cujo um dos pais era eurodescendente e cuja pele não é branca), fulo (negro ou mestiço de pele amarelada e cabelo avermelhado), pardinho (usado geralmente para um indivíduo de pele parda, geralmente adolescente, que era alugado para trabalho), africano/preto (homens/mulheres nascidos na África ou crianças nascidas na África ou nos navios negreiros). Alguns assentos trazem também a etnia do escravo: mina, gêge, nagô, banto, etc.

Outra informação importante em relação aos registros de batismo no Brasil é que nas laterais pode-se também verificar as palavras "parvo" (quando o batizando era criança) ou "adulto".

Observe abaixo o registro da igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, em Salvador, que ilustra, em caixas vermelhas, o que dissemos anteriormente:
FOTO 3

















Mário e Daniel eram brancos, filhos legítimos; Leocádio e Maria, pardo e cabra respectivamente, eram filhos naturais.

De posse dessas informações, ao procurar sobre seus ancestrais, o pesquisador deve sempre buscar os nomes dos batizandos, os nomes de seus pais e a data de nascimento e batismo. A busca pelos nomes dos padrinhos também é importante na pesquisa genealógica, pois geralmente estes eram parentes, provedores ou (no caso de pessoas não livres) senhores. Observe na foto 3, por exemplo, que o batizando Mário, meu bisavô, teve como padrinho seu tio paterno José Maria Dias Brandão e quem tocou a coroa de Nossa Senhora foi seu outro tio Abílio Dias Brandão.

Outra informação importante para traçar o perfil dos ancestrais, é identificar seu lugar de origem (no caso de Portugal) e a freguesia de seu batismo, pois era normalmente aí que ele residia e provavelmente onde seus pais se casaram e/ou onde sua mãe se batizou.








Aí temos um outro exemplo de certidão de batismo, de minha tetravó Alvina. No assento de batismo, podemos ler a data do batizado: 22 de outubro de 1837; sua cor: branca; a data de seu nascimento: 19 de fevereiro do mesmo ano; sua filiação legítima de Francisco Joaquim Caxoeira e Dona Luzia Maria de Santa Anna, e os nomes de seus padrinhos: o comandante das Armas Luiz da França Pinto Garcez e quem tocou a coroa de Nossa Senhora foi o tenente coronel Manoel Joaquim Pinto Pacca.

Como se pode ver, todos os registros de batismo até agora vistos, trazem as mesmas informações. Assim sendo, mesmo que os registros não estejam tão bem conservados e legíveis como esses acima, o pesquisador terá uma idéia de em que lugar do texto ele terá a informação que procura.

Decifrando os Assentos de Matrimônio:
Tal qual os registros de batismo, os assentos de matrimônio seguem também mais ou menos a fórmula estabelecida pelo Concílio de Trento.

Neles vão constar:  os nomes dos noivos (geralmente nas laterais e sempre nos textos), a data do casório, o lugar/freguesia de onde vêm, os nomes dos pais ou mãe (em Portugal, várias vezes, os nomes dos avós e algumas vezes a profissão dos pais e avôs), os nomes dos padrinhos e seus lugares/freguesias, mais a assinatura do padre ou pároco. No Brasil, ainda constará a informação de se os nubentes eram brancos ou não, e, se escravos, suas nações e os nomes de seus senhores.

Isso tudo introduzido geralmente pela fórmula:  No dia tal, do mês e ano tais, se receberam em matrimônio em minha presença (ou "de licença minha"), corridos os banhos (banhos = informações sobre o estado civil dos noivos, sua conduta, etc.)/ dispensados os proclamas (quando não havia a necessidade de correr os banhos) e sem impedimento algum, na igreja/paróquia/oratório particular na forma do sagrado concílio tridentino, o contrahente tal/Nome  (do lugar tal [se em Portugal]), filho legítimo de pais /natural de mãe/de pai desconhecido/de pai incógnito (do lugar tal [se em Portugal]), e a contrahente tal/Nome (do lugar tal [se em Portugal]), filha legítima de pais /natural de mãe/de pai desconhecido/de pai incógnito (do lugar tal [se em Portugal]), tendo como padrinhos Estes e como testemunhas Aqueles, do qual/que fiz este assento e assinei no dia, mês e ano ut supra.

Vejamos dois exemplos da minha própria árvore para tornar mais fácil o entendimento do que foi dito anteriormente. Comecemos pelo assento de casamento de minha tetravó Alvina, cujo batismo já vimos acima:


















Em verde se lê os nomes dos noivos: Antônio Joaquim Rodrigues Pinto e D. Alvina Luiza Caxoeira; Em roxo lemos a data do casório: 21 de fevereiro de 1857; sublinhado de preto vemos o lugar onde ocorreu o casamento: Oratório particular do excelentíssimo Barão de Pirajá; em laranja vemos os nomes dos padrinhos/testemunhas: o Barão e Baronesa de Pirajá e Sinfrônio Domingos dos Santos; em amarelo sabemos que os noivos eram brancos; em azul, que eles eram naturais desta cidade (de Salvador); e em vermelho vemos que são filhos legítimos do finado Joaquim Rodrigues Pinto e Dona Carolina Amália de Mattos; do finado Francisco Joaquim Caxoeira e Dona Luzia Maria Caxoeira.

Agora vejamos o registro de dois dos meus heptavós em Portugal:






















Em verde lemos os nomes dos noivos: Ascenço Martins e Joana Antônia de Sequeira; em roxo lemos a data: 09 de maio de 1735; sublinhado de preto vemos o lugar do casório: Igreja parochial de (São Miguel de) Foz de Arouce; em vermelho vemos os nomes dos pais dos noivos:  Manoel Dias, já defuncto, e Maria Martins (do lugar de Val d'Ayres - em azul); Manoel Antônio e Sebastiana Rodrigues, já defunctos (do lugar de Covellos - em azul); em laranja vemos os nomes dos padrinhos/testemunhas Joam Caetano, Manoel Simões, Vicente de Sequeira, do lugar de Covellos; e Leonardo de Sequeira, Tomé de Oliveira e Antônio Alves, do lugar de Foz de Arouce.

Assim, entendemos que todas as partes não destacadas podem ser consideradas acessórias, ou seja, não são de fato importantes para a obter a informação necessária sobre seus ancestrais. Dessa forma, toda vez que estiver diante de uma certidão de casamento antiga, procure direto pelas palavras que lhe digam quem eram seus ancestrais (nomes dos noivos, pais e padrinhos - os quais, via de regra, eram parentes) e as quais possam lhe dar suporte para montar sua história (data do casório, lugar onde este ocorreu, lugar de origem dos noivos e seus pais e padrinhos, etc.).


Decifrando os Assentos de Óbito:
Por mais mórbido que possa parecer, procurar informações nos registros de óbito é extremamente interessante e importante para o pesquisador. Através deles podemos ter um "fechamento" da história do parente estudado e saber sob que condições deu-se o seu falecimento, qual o status social desse parente, entre outros, a fim de podermos montar sua história.

A pesquisa dos documentos de óbito são também importantes do ponto de vista sócio-histórico, uma vez que nesses assentos podemos tomar conhecimento de pestes, guerras, etc. que assolaram o período em que nossos ancestrais viveram. Eu, por exemplo, descobri que houve um surto de cólera no Ílhavo (Aveiro, Portugal) em meados do século 18; e que no dia 25 de dezembro de 1810, dia de Natal, os franceses invadiram Foz de Arouce (Coimbra, Portugal) matando vários de seus moradores; mas que no mês de março de 1811, os moradores de Foz de Arouce, inclusive mulheres, pegaram em armas e mataram os combatentes franceses - está tudo registrado nos livros de assentos de óbitos das referidas freguesias.

Diferentemente dos assentos de batismo e matrimônio, os assentos de óbitos são extremamente curtos e fáceis de se ler, obviamente dependendo da grafia do padre.

Eles seguirão a seguinte fórmula:  data, nome, se era casado/a, solteiro/a, viúvo/a, idade, o que foi encomendo para o funeral, causa mortis (na medida do conhecimento médico da época), qual a cor de sua mortalha, se deixou filhos (alguns assentos não trazem esta informação), onde foi enterrado/a. Muitos assentos de óbito também trazem, na lateral, a informação "anjo" ou "inocente", indicando que o defunto era uma criança.

Vejamos dois exemplos de registros de óbitos no Brasil, sendo o primeiro o de minha tetravó Alvina, cujo batismo e matrimônio já lemos:







No canto superior esquerdo vemos seu nome: Alvina Luiza C. Pinto; no topo do texto vemos a data de seu falecimento: 22 de fevereiro do ano corrente (1879); entre as duas caixas em vermelho lemos a causa mortis: typho; sublinhado de vermelho (linha mais grossa) lemos o nome e a naturalidade: Ba(hia); em verde, sua idade: 41 anos; a seguir o nome do esposo: Antônio Joaquim Rodrigues Pinto; e, logo após, o lugar do sepultamento: Cemitério do Campo Santo.

O seguinte, é o registro de óbito de seu pai. Observem:
No canto superior direito lemos o nome: Francisco Joaquim Caxoeira. No topo do texto vemos a data: 7 de janeiro de 1851; sublinhado de vermelho a causa mortis: moléstia interna; em verde lemos a idade: 51 anos; a cor: branco; o nome da esposa: D. Luiza Maria Cachoeira. E o restante não sublinhado é o que nos mostra sua condição social através do rito da missa fúnebre e seu local de sepultamento: "encomendado pelo cônego  (que vestia pluvial), pelo sacristão e dezoito padres" - tudo isso era pago -, o defunto foi "amortalhado de hábito e enterrado no convento de São Francisco". 

Os assentos de óbito em Portugal dão o mesmo tipo de informação. 

Abreviações corriqueiras nos assentos de batismo, casamento e óbito:
Uma das coisas que mais me pareceram difíceis quando comecei minhas pesquisas foi interpretar as palavras constantes nos textos. Em boa parte dos assentos, os padres optam por fazer abreviações dos nomes, sobrenomes, meses do ano, títulos, etc. e isso pode ser um verdadeiro quebra-cabeças para quem se depara com um livro de registros pela primeira vez. Se, por exemplo, voltarmos à FOTO 1, no topo deste post, veremos que está escrito assim: "Aos dezoito dias do mês de outubro de 1683 eu baptizei a Anna fª de Antº Fez Forte e de sua mulher Mª Simoes do lugar de Algaça. PP Mel Miz f. de Antº Miz e Anna Miz mer. de Al. Fez do mesmo lugar de Algaça. Do que fiz este assento e o assinei Antº de Seixas".
Podemos observar que algumas dessas abreviações chegaram até nós hoje, como Mª para Maria e Antº para Antônio. Mas que raios é fª, Fez, Miz, Mer ou PP? Bom, fª = filha, Fez = Fernandes; Miz = Martins; Mer = mulher e PP = padrinhos

Observem agora esta outra certidão:

Lendo este assento de casamento de meus octavós, descobrimos que:
"Aos vinte e sete dias do mês de setembro de mil e sete sentos e nove se receberão em matrimonial en minha presensa nesta igrª de N. Sª da Assumpção de Semide Bento Simois fº de Antº Simois do lugar da Riba e de sua mer. Caterina Simois da fregª de Stª Mª da *Alifana de Poyares, e Escolastica Frª fª de Mel Antunes vendr de Semigde d'alem e de sua mer Antª Frª desta fregª e forão tts (...)"

No texto, as palavras abreviadas são: igrª = igreja; fregª = freguesia; Frª = Francisca; vendr = vendeiro (comerciante); tts: testemunhas.
*Na verdade, a Freguesia é Santa Maria de Arrifana, em Vila Nova de Poiares. Para mais informações sobre a freguesia, acesse nosso post: http://marciowaltermachado.blogspot.com.br/2016/03/europa-em-60-dias-coimbra-portugal-em.html

Segue uma lista com as abreviações mais comuns nos registros que encontrei de batismo, casamento e óbito:
7bro = setembro
8bro = outubro
9bro, Novbro = novembro
10 bro, = dezembro
Affo - affonso
Alexº. – Alexandre
Alz' = Alvares
Anta. – Antônia
Antes – Antunes
Anto = Antônio
Azdo = Azevedo
Brdo – Bernardo
C.na = Catarina
Carvo – Carvalho
Da = Dona
da Va = dita Vila
de prezte = presentemente
delegcas, deligas = diligências
Dis = Dias
Diz e Diz (com til sobre o i) = Diniz
do, da = Dito, dita
Dos dias = Domingos Dias
Dos, Das = Domingos, Domingas
Dtor = Doutor
E. R. Mce = espera receberá mercê
Evang’os =Evangelhos
feuro, feuro, Feuro = fevereiro
Fez – Fernandes
Fgra – freguesia
fo, fa = filho, filha
Fonca = Fonseca
Franco, franco, Franco, Frco, frco; Frca = Francisco, Francisca
Frco/ca – Francisco/a
frega ou fga = Freguesia
Frra, frra, Fera = Ferreira
Frz', ou frz' = Fernandes
Glz' ou glz' = Gonçalves
Hes – Henriques
Imo = Jerônimo
impedimto- = impedimento
in facie ecctiae = in facie ecclesiae (perante a igreja)
J – João
Janro, Janrro, Janr = janeiro
Je. – José
Jhs'., ihus'., Jhus. = Jesus
Joph. = Joseph ou José
l.o., ou legit.o, legita, legta, legta, legma = legítimo, legítima
Lço – Lourenço
Lxa ou Lixa = Lisboa
Ma = Maria
Ma dias = Maria Dias
Mda – Madalena, Magdalena
Mel = Manoel
Mgda – Margarida
minha lça = minha licença
Miz/s – Martins
miza = Misericórdia
Montro, montro = Monteiro
mor, mora = morador, moradora
Mrco = Março
Mz = Munis ou Martins
N. Sra = Nossa Senhora
nal = natural
nal da V.a = natural da vila
nascidos de hum ventre = filhos gêmeos
nesseco = necessário
P. C. = passar carta, dar autorização
pa = para
Pe = Padre
Po ,Po. = Pedro ou Pero
preztes = presentes
Prº de baixo – Pereiro de Baixo
Prra,prra, Pera = Pereira
pva - Paiva
q' = que
q' Ds'. guarde como deso. = que Deus o guarde como desejo
ribro = Ribeiro
Rois, Roiz, Roiz’ = Rodrigues
S.er = Senhor
Sagr. Con. trid. e Constoe(n)s deste Arc. = Sagrado Concílio Tridentino e Constituições deste Arcebispado
Seqra – Sequeira
SMq'Ds'., SMDs'. = Sua Magestade que Deus guarde
Snra. = Senhora
Suppte, suppte = suplicante
Teixra., teixra., teixra = Teixeira
testas ou tas = testemunhas
V. Illma e Rma = Vossa Ilustríssima e Reverendíssima
Va = Vila
VM, Vmce = Você, o Senhor, a Senhora
X = Cris (como em Cristo)

Xer = Xavier


Espero ter lançado uma luz na leitura dos seus documentos.

Gostou? Então compartilhe  😉  

8 comentários:

Anônimo disse...

Márcio, tenho acompanhado suas postagens sobre árvore genealógica e ficado fascinada a cada dia. Por causa de seu entusiasmo eu também comecei as minhas buscas, ainda tímidas. Com esse novo texto pude compreender a dimensão da seriedade com a qual você leva suas buscas. Como você disse, já conseguiu recriar a história de vários de seus ancestrais. Incrível ver que você tem as certidões de batismo, casamento e óbito de sua "Penta" Alvina! meu Deus, que maravilhoso!
Obrigada por compartilhar das suas descobertas. São inspiradoras.
Marta Lopes

Délia Minho disse...

Parabéns Marcio! Seu trabalho é bastante interessante, afinal quem não gostaria de saber a sua origem? Abraços!

PP2KR disse...

Márcio
Parabéns pelo trabalho e mais importante ainda, por compartilhar suas dicas!!! Muito bom!

Márcio Walter Machado disse...

Obrigado, amigos, pela atenção e pelas palavras. Espero continuar ajudando.
Forte abraço

Unknown disse...

Olá Marcio
Gosto bastante do seu blogue. A sua aventura por Coimbra, de onde sou natural, a passagem por Covelos, Foz de Arouce, Poiares e Lousã, tem um descrição quase fotográfica. A sua pesquisa genealógica e a facilidade como consegue perceber a grafia de textos antigos merecem a minha admiração. Também procuro nos registos paroquiais os meus ascendentes e vendo os assentos de batismo, casamento e óbito, fico com a sensação, de tanto os ler, de os ter conhecido. Para já, só consegui descobrir até os meus hexavós maternos. Um abraço.

Márcio Walter Machado disse...

Muito obrigado, José!
A pesquisa genealógica tem se tornado uma paixão para mim, essas descobertas são sempre recompensadoras, assim como o apoio que a gente recebe das pessoas que como nós compartilham dessa busca.
Os ancestrais de minha avó materna vêm de várias partes de Coimbra, nomeadamente: Covelos, San Martinho da Cortiça, Vila Nova de Poiares, Semide, Penacova e Miranda do Corvo.
Quem sabe nossos ancestrais se encontraram em algum lugar pelos lugares de Coimbra?!

Érika disse...

Olá, não consigo entender a caligrafia antiga. Tem algum referencial ou programa para leitura? Estou desistindo da busca, porque não compreendo por mais horas que fique tentando...

Márcio Walter Machado disse...

Olá, Erika. Decifrar a grafia requer prática de leitura para que seu cérebro se acostume à forma da escrita do período e à letra do escrevente. O que ajuda muito nesse entendimento é você ler não só o documento do seu ancestral, mas vários outros, pois o que não está claro em um assento, pode aparecer igual no outro de forma mais legível. Aí, você vai comparando uma letra à outra e logo conseguirá decifrar.
Há documentos, no entanto, que se tornaram "impossíveis" de serem lidos por causa da preservação ou simplesmente porque quem escreveu tinha uma grafia terrível. Sendo assim, você pode pedir ajuda nos grupos de genealogia do Facebook. Há experts em paleografia e leitura de documentos que podem lhe dar muita força nessa questão.
Existem cursos de extensão universitários, cursos livres, ou graduação (e.g., História, na Universidade Católica de Salvador) que provêm o ensino paleográfico.
Grande abraço.

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