quarta-feira, março 23, 2016

Europa em 60 dias - Aveiro, Portugal - Em busca das origens - Parte I

Ponte 25 de Abril vista do Cristo Rei - Lisboa (foto: Johann Morriseau)
Saí de Dublin todo agasalhado por causa dos -2 graus que fizeram com que John precisasse jogar água quente nos vidros do carro para derreter o gelo acumulado da noite, e cheguei em Lisboa com um calor imenso de 16 graus (um baiano chamando 16 graus de quente, inemaginável, não é? passe um mês no frio e me diga depois ^_^). Antes de alcançar o sanitário do aeroporto para mudar de roupa, já estava suando bicas arrastando minha malinha pelos corredores como se puxasse o cadáver abatido de um companheiro de guerra pelo Sahara, tamanho o calor que fazia meu cansaço, o sono, a leseira, se agigantarem em mim. 
Troquei o suéter, o sobretudo e as botas cheias de meias de lã por uma fina e confortável camiseta de 1.99 euros e um tênis Olympicos superleve, peguei minha mala grande que estava no aeroporto há um mês, paguei minha taxinha para retirá-la e me mandei para o hostel a comer e dormir. Não consegui dormir, pois passaria apenas um dia em Lisboa antes de ir para o meu próximo destino, então, era aproveitar o que aquela bela capital tinha a oferecer. O dia seguinte, cedíssimo, era hora de ir para a rodoviária, tomar o autocarro (pode-se ir de comboio também) e partir rumo a Aveiro, o coração a mil, a imaginação e a expectativa enchendo meus pensamentos.

Aveiro, a cidade da Ria
Pôr do sol em Aveiro
Como disse no post anterior, minha ida a Portugal tinha sido motivada por uma questão genealógica iniciada em abril de 2014 quando comecei a fazer as pesquisas sobre meus ancestrais. Um dia, cheguei da casa de minha tia com a certidão de nascimento de minha avó em mãos e, ao ligar o computador, resolvi pôr o nome do avô dela na pesquisa do Google; a partir disso fui parar na cidade de Ílhavo, distrito de Aveiro, Região Centro, Sub-região do Baixo Vouga, cujo foral foi-lhe dado pelo rei-poeta D. Diniz no ano de 1296, e que anteriormente era conhecida pelos romanos como Illiabum, mas sobre a qual eu nunca tinha ouvido falar até aquele dia (escreverei, mais à frente, um post sobre minhas pesquisas genealógicas que já me fizeram conhecer a história de minha família até meados de 1500). 
Não consegui me hospedar em ílhavo, pois os valores de hotéis e pousadas que eu achei estavam fora
Centro de Aveiro
da minha realidade monetária para tantos dias que me eram necessários ficar por lá. Encontrei, no entanto, um alojamento legal, num sobrado antigo e rústico, muito parecido com os que encontramos nos centros históricos coloniais de cidades brasileiras antigas. O Fernando's Guest House fica bem no coração da cidade de Aveiro, no distrito de mesmo nome. Por isso, assim que saltei do ônibus logo cheguei ao lugar que, apesar de simples, está numa rua tranquila e tem um ambiente muito bom; o quarto em que fiquei era bem arejado e limpo, com vista para a rua, a cama muito confortável, me dando a sensação de que eu estava em casa. Não posso esquecer também que a dona do alojamento é uma portuguesinha hipersimpática e prestativa, do tipo que nos deixa super à vontade, sentindo-se no aconchego do nosso lar, especialmente porque na cozinha há café e chá à nossa espera em qualquer hora - um cafezinho quente no friozinho da noite portuguesa sempre é bem-vindo. 
Inscrição no moliceiro
De Aveiro ao Ílhavo são aproximadamente 20 minutos de autocarro (que passa a cada uma hora, mais ou menos), então, não seria problema me hospedar ali. Especialmente porque a cidade é linda e tranquila e as pessoas locais sempre gentis e amistosas. É mais uma cidade onde se deixa o coração e se reza para termos a oportunidade de voltar.
Aproveitei que o ocaso se aproximava e fui perambular pelas ruas a fotografar e descobrir a existência de uma palavra em português europeu que jamais escutara no Brasil: Ria, que segundo informação do Wikipédia é, "em termos gerais, um braço de mar que adentra a costa e que está submetido às marés", mas que para mim era simplesmente um lindo canal cheio de peixes, cortando a cidade, por onde circulam os moliceiros - barcos parecidos com gôndolas que antes eram usados para tirarem os moliços (plantas aquáticas que são usadas na agricultura), e que hoje levam turistas acima e abaixo, num passeio superagradável pela cidade. Uma curiosidade sobre os moliceiros é que todos eles têm umas inscrições cômicas em uma das extremidades, algumas de cunho erótico, outras religiosos, outras de ditos populares, mas todas muito engraçadas. Para mais informações sobre o distrito e gente de Aveiro, sugiro o site do historiador Fernando Martins: http://pela-positiva.blogspot.com.br/.
Moliceiros na ria de Aveiro - Portugal
Sentei na praça em frente à ria para comer um doce delicioso e típico de Aveiro, feito de ovos e hóstia, chamado "Ovos moles". 
Os ovos moles de Aveiro, segundo me contou o dono da pastelaria onde os comprei, tiveram origem nos conventos da região, onde as freiras, após engomarem as roupas com a clara dos ovos, usavam as gemas que eram aproveitadas como doce para não serem jogadas no lixo. Depois que os conventos acabaram, as senhoras educadas pelas freiras continuaram a fazer os doces. Hoje pode-se comer os ovos moles de duas formas, ou se compra uma barriquinha e as enche com eles, ou se compram eles envoltos em hóstias. De uma forma ou de outra, eles são deliciosos! Comi vários deles com um cafezinho com leite e sem açúcar - pois os ovos moles são doces o suficiente - pra esquentar a noite que chegava com pontos brilhantes no céu. 

Praia da Costa Nova, Farol da Barra - Ílhavo
Casas típicas da Costa Nova - Ílhavo
Aproveitei que o dia seguinte era um sábado de sol invernal e rumei para a praia da Costa Nova, aonde um amigo que fiz durante minhas pesquisas me indicou que fosse. Enquanto passava minha horinha de chá de cadeira na "paragem do autocarro", um rapazinho que esperava a mãe de sua namorada vir pegá-lo no ponto puxou assunto comigo. Ao ouvir meu sotaque, me encheu de perguntas sobre o Brasil e sobre a Seleção e me pôs na parede querendo saber se eu achava Neymar melhor que (Cristiano) Ronaldo, o melhor do mundo. Eu, que não sou fã de futebol e que não sei nem o que é um goleiro, joguei a pergunta de volta pra ele com um "ora, a resposta é óbvia, o que você me diz?". Aí, ele voltou a se empolgar e o papo continuou até que sua namoradinha e a mãe dela chegaram, me ofereceram uma carona e partiram sem mim, pois íamos em direções opostas.
Não demorou muito tempo, um rapaz de aparência oriental chegou ao ponto e se aproximou

Surfistas na praia da Costa Nova - Ílhavo
perguntando em inglês se o ônibus para Costa Nova (pronunciou o "s" chiado) já havia passado. Eu disse que também o estava esperando e aí foi conversa que não acabou mais.
Descobri que meu novo amigo vinha de Taiwan e que estava em Aveiro a trabalho por um mês. Aquela seria a sua penúltima semana na cidade e ele estava aproveitando o tempo para passear um pouco. Já havia ido ao Porto e me recomendou enfaticamente visitar a cidade que fica a apenas uma hora de trem de Aveiro, me deu todas as instruções, o valor do comboio e o que eu poderia visitar na cidade - um roteiro turístico completo. 
Meu amigo Taiwanês e eu passamos o dia juntos caminhando pela linda Costa Nova e Barra, trocando informações sobre a cultura dos nossos países e compartilhando as experiências em Portugal, e tudo de maneira muito natural, como se fôssemos velhos conhecidos que acabavam de se reencontrar após longas datas e punham o papo em dia - maravilhas que acontecem quando se viaja e se encontra pessoas abertas ao mundo. Em dado momento de nossa conversa, alguém lembrou-se de perguntar os nomes, eu, como de costume ao falar com estrangeiros que falam inglês, disse, fazendo a mímica: mar-see-you (como em "I see you", "eu vejo você"), ele riu e nunca mais esqueceu - ninguém esquece! "E o seu?", eu perguntei. Ele naturalmente me disse "Yoshi". Eu fiquei em silêncio, num silêncio constrangedor, lembrando do
Farol da Barra
meu jogo favorito da infância, olhando para ele, com cara de paisagem, querendo perguntar. Ele entendeu e me respondeu, "Você conhece o jogo Super Mario Bros., não é?", eu disse que sim, ele continuou "Então, é igual ao do dinossauro". Eu ri. "E eu pensando que minha técnica de memorização de nomes era infalível! A sua que é. Você apelou para a memória sentimental. Nunca mais se esquece seu nome! Yoshi, Cadê Luigi, o rei Copas?". Ele começou a gargalhar e a gente continuou andando enquanto ele me contava a história daquele nome, que não era o dele mesmo, mas uma aproximação de sons. O seu nome real era bem mais complicado e decidimos que Yoshi estava legal.
O papo estava tão bom, que a gente foi andando até chegar ao Farol da Barra sem sentir o tempo passar, O farol  é o mais alto de todo Portugal e o segundo maior da Península Ibérica, do qual os portugueses - pelo menos os de Aveiro - têm um orgulho imenso. Ele foi construído a partir de 1885 e tem 62 metros de altura. Fica na praia da Barra, na freguesia da Gafanha da Nazaré, concelho de Ílhavo, e de cima dele dá para se ter uma visão incrível do lugar. Nós não pudemos subir, pois na porta, estava afixada uma nota dizendo que o farol está aberto à visitação às quartas-feiras apenas. Mas mesmo de fora, a imponência dele, a beleza dele na paisagem, já enchem os olhos. Sentamos na praça em frente ao farol e o Yoshi, cheio de saudades de casa, me contou a lenda da deusa Matsu, protetora dos velejadores e marinheiros, e de como ela tinha morrido ao se lançar no mar para salvar seu pai e seu irmão. Ficamos contemplando o farol por mais alguns minutos, calados, pensando na deusa Matsu e seu ato de heroísmo. Discutimos o assunto do heroísmo dos deuses e homens e aquele papo filosófico encheu a gente de fome.
Homens pescando na praia da Barra - Ílhavo
Voltamos andando pela praia à procurar um lugar para comer e encontramos um restaurante café superarrumado quase sobre a areia onde eu apresentei a Yoshi a famosa francesinha portuguesa. Ele comeu para lamber os beiços e dizer "é muito bom, é muito bom!".
Depois da barriga cheia, era hora de voltar para a cidade de Aveiro. Fomos andando pela praia, pelo cais, sem pressa. Conversamos com pessoas locais nas lojas de souvenir e no calçadão, ouvimos histórias parecidas contadas por lábios diferentes sobre o lugar e sua gente e suas atrações. Sentamos a esperar o ônibus e no meio-tempo podemos apreciar uma regata que estava ocorrendo por lá. As praias da Costa Nova e da Barra são excelentes para a prática de esportes como futevôlei, futebol e vôlei de areia, frisbee e de esportes náuticos. Para lá vão surfistas, kitesurfistas, velejadores, canoístas e afins, além de pescadores, banhistas e gente que quer apenas desfrutar da beleza e calma da praia de areia bege e fofa. Também a localidade é famosa pela culinária, especialmente pelo bacalhau e pelas deliciosas enguias fritas,  as quais eu tive o prazer de desfrutar no tradicional restaurante Marisqueira em companhia de meu amigo e historiador gafanhense, o Sr. Fernando Martins, enquanto saboreávamos um delicioso vinho verde e ele me regalava com as histórias do lugar e do povo. 
Antes de vermos o fim da regata, o ônibus chegou e com ele a noite se aproximava. Descemos em Aveiro, me despedi de Yoshi, que se tornaria meu companheiro de caminhadas e janta durante todo o tempo que fiquei na cidade, e, como tinha comprando um ingresso para o novo Star Wars,
Regata na Costa Nova do Prado - Ílhavo
fui encerrar minha noite vendo Harrison Ford e companhia. 
No cinema, que fica no shopping center local chamado Fórum Aveiro, aconteceu um fato curioso. Estava eu lá vendo meu filminho tranquilo com os dez ou onze outros espectadores quando, do nada, no meio do filme, as luzes se acenderam, eles começaram a tocar música brasileira e algumas pessoas saíram da sala. Olhei para o casal ao meu lado e perguntei o que estava acontecendo, se o filme tinha dado problema, se teríamos de voltar no dia seguinte, se tinha pegado fogo na Babilônia. O rapaz me disse que não me preocupasse, dentro de poucos minutos o filme voltaria a rodar, era só um intervalo. Recostei na minha poltrona e fiquei lá ouvindo Caetano Veloso cantando pra São Jorge até o intervalo acabar. 

Cidade de Ílhavo
Monumento da cidade de Ílhavo
Na segunda-feira, logo cedo, fui conhecer a cidade de Ílhavo atrás de informações sobre meus ancestrais e os irmãos de minha avó que ficaram lá. O ônibus que sai de Aveiro deixa a gente na porta da Câmara Municipal, prédio onde funcionam vários órgãos públicos de que eu precisava para minha pesquisa.
Depois de encontrar as informações em uma e outra sala, fui andar pela cidade para conhecê-la um pouco. Caminhar naquelas ruas pacatas de paralelepípedos e calçadas de pedras portuguesas, olhar as casas de azulejos coloridos, a arquitetura que me lembrava o barroco colonial da Bahia, me fez sentir passeando por Santo Antônio Além do Carmo, em Salvador, e a igreja de São Salvador do Ílhavo me fez pensar na igreja do Senhor do Bonfim. Pude entender porque meu bisavô se sentia tão em casa na cidade da Bahia que voltou a morar e casar por aqui duas vezes.
Praça Central da cidade de Ílhavo
Entrei na igreja, sentei no banco, fiz uma prece. Olhei aquele lugar por muito tempo, emocionado. A igreja é simples, sofreu algumas reformas, mas a pia batismal antiga ainda estava lá. Pensei em meu bisavô sendo batizado, meus trisavós, os pais deles e assim vários ancestrais antes deles. Pensei nos casamentos que ali se fizeram e nas composições sacras que meu trisavô João da Rocha Carolla tinha escrito e nas vezes todas que elas devem ter sido executadas no órgão da igreja. Meu coração estava cheio de uma emoção nova; eu estava extasiado.
Saí da igreja para continuar minha caminhada pelo Museu Marítimo de Ílhavo e Aquário da cidade, onde aprendi muito sobre a história dos ílhavos e a pesca do bacalhau. Lá se pode também ver um aquário imenso com bacalhaus vivos se aproximando do vidro para nos dizer um "Olá, como estás?". Depois, cansado de tantas andanças, fui à praça central para descansar antes de voltar a Aveiro e lá encontrei um senhor sentado no banco a tomar o sol frio que brilhava no céu azul. Puxei conversa com ele perguntando se conhecia a família de meu bisavô e, do longo papo que se seguiu, pude encaixar mais peças ao meu quebra-cabeça genealógico (mas sobre isso falarei em outro post).
Igreja de S. Salvador de Ílhavo
No final do dia, retornando a Aveiro, as emoções já em ordem, ao voltar para o Fernando's Guest House conheci minhas vizinhas de quarto: duas italianinhas gente boníssima que estavam passeando por Portugal há algumas semanas para praticar o português que aprendiam no curso de Letras na Universidade de Turim. Novas amizades pela frente, uma boa caminhada pela ria sob o céu estrelado.

Quando dizer adeus dói
No distrito de Aveiro eu experimentei fortes emoções e conheci lugares e pessoas maravilhosos. Desde a cultura religiosa, à culinária, à paz e tranquilidade das praias de areia levemente  bege, à amistosidade e receptividade do povo, às casas coloridas típicas e aos famosos "palheiros" da Costa Nova, Aveiro nos transporta para um mundo moderno que está embebido de uma aura antiga. Onde as pessoas apressadas pelo dia a dia não têm pressa, onde se sentam para um café e conversam com alegria, onde sorriem cordialmente e te fazem sentir incluído no seu ambiente, onde parecem ter o prazer em receber o forasteiro
Sobremesa de frutas cobertas com ovos moles
e compartilhar com ele daquilo que lhe é próprio. Não é à-toa que todos as pessoas de lá que me deram o prazer de suas companhias se tornaram instantaneamente queridas para mim. Desde o meu amigo historiador Fernando Martins, à dona da pousada, aos Pedro e Abel - atendentes do restaurante Sabores do Mercado, no Fórum Aveiro, aonde eu ia jantar todas as noites -, aos pesquisadores e o pessoal do atendimento no Arquivo Distrital de Aradas, à velhinha da venda, dona Maria, que sempre me dava uma cavaca quando eu aparecia por lá, ao primo que conheci, aos senhores na praça de Ílhavo, enfim, parece mesmo que todos que me chegaram pelo caminho - até os não-portugueses - em Aveiro vinham saídos de um mundo que está desaparecendo das nossas vidas urbanas cotidianas.
Entre essas pessoas, ainda há o Luís Shark, uma pérola da música jovem gafanhense e um campeão da vida.
Havíamos nos conhecido há mais ou menos um ano em um grupo do Facebook e, na minha ida a Aveiro, não pude deixar de encontrá-lo pessoalmente.
Luís Shark  em seu show
Marcamos de nos ver num bar hipermassa na Gafanha da Nazaré chamado Porão Restbar onde a galera jovem se encontra para uns goles, uma conversa, umas músicas, enfim, para descontrair. Quando cheguei, o Luís já estava lá, sentado numa grande mesa de madeira tamborilando com os dedos algum arranjo que ele, músico talentosíssimo, provavelmente estava criando.
Ficamos conversando por horas sobre tantas coisas da vida e do mundo, sobre as superações dos obstáculos que a vida nos impõe, sobre o não prostrar-se diante das adversidades; sobre assuntos pesados e leves; sobre qualquer coisa que nos vinha à mente, como é natural acontecer com alguém cuja prosa é tão fácil. O Luís mesmo, pela sua história, é um desses gigantes que não se deixam abater, que transformam as agruras do destino em caminhos a serem galgados e superam o que a vida traz de mal, pegando o leme da existência na sua mão e conduzindo seu barco para os mares que lhe aprazem. Muitas vezes transformando a vida em música e projetos musicais a fim de ajudar a existência de outros através da arte e da cultura, proporcionando a outros sonhar, pois como ele mesmo diz "vida sem sonhos é como um céu sem nuvens, um passo mal dado".
E assim, entre um gole e outro de café com o Luís ou com os outros camaradas que encontrei, se confirmou em mim que essa minha viagem tinha sido mais sobre pessoas e a aventura humana e a bênção de conhecer vidas e histórias do que visitar lugares e coisas.
Por isso, Aveiro fica na minha memória não só como o lugar de onde um de meus bisavós saiu a singrar os
Trenzinho saindo da estação de Aveiro
mares para realizar o sonho do conquistador de novos mundos, mas como um porto seguro, uma parada obrigatória para as próximas viagens que eu fizer às Terras Lusitanas; um sítio aonde eu fui procurar por histórias dos mortos e encontrei gente viva, espontânea e cordial que enriqueceu minha viagem e a minha própria história.

Para mais sobre o Luís, acessem aqui: https: https://www.facebook.com/LuisRocha.Singer/?fref=ts

e escutem:


Museu da Cidade de Aveiro
O que fazer/ ver em Aveiro:
Passeio de moliceiro na Ria de Aveiro;
Praia da Costa Nova;
Farol da Barra;
Igrejas e o Museu da Cidade de Aveiro;
Festa de São Gonçalinho (em maio) onde cavacas são jogadas da torre da capela de São Gonçalo como forma de pagamento de penitências (cuidado com a cabeça);
Comer as enguias fritas, cavaca e ovos moles.

Onde comer em Aveiro:
Sabores do Mercado do Fórum Aveiro;
Zig Zag Café e restaurante;
Marisqueira (Costa Nova);

Mais sugestões? Me diga e as postarei aqui.

Para mais sobre o que ocorre em Aveiro, acesse: https://www.viralagenda.com/pt/aveiro



6 comentários:

Unknown disse...

Muito obrigado, ganhas-te um amigo deste lado do oceano.
Abraço e blog a montes XD

Marcela disse...

Caramba... Fiquei com uns sentimentos estranhos ao ler este texto... Uma vontade de conhecer Aveiro, um sentimento (ou uma verdade) de que o que realmente vale a pena ao lidar com o novo é esse conhecer gente nova, hábitos novos, modos de ver novos, que acabam mudando a gente (ou nos completando)...
Ler este texto me deu saudades do que ainda nem vivi. Me senti acolhida e em casa.
Parabéns pelo texto, tio. Continue escrevendo pra vc e pra nós.

Unknown disse...

Olá
sempre tive a sensação de que tinha um pouco de brasilieira, até porque o meu falecido pai sempre falou que era de descendente de brasileiros, penso que tenho agora a confirmação, meu nome é Ana Maria Cardoso da Rocha sou filha de Anibal Catre da Rocha, quem me falou neste blogue foi o meu primo Ricardo Jorge Catre Pereira, gostaria de saber mais informação sobre a familia que eventualmente teremos no Brasil.

Márcio Walter Machado disse...

Obrigado, Luís. E tenhas certeza de que aqui também tens um amigo!

Márcio Walter Machado disse...

Que bom que o que escrevi te tocou tão profundamente, Cela. É essa a mesma sensação que Aveiro me causou. Lugar lindo com pessoas extremamente acolhedora.

Márcio Walter Machado disse...

Olá, Ana!
Que bom que nos encontramos!
Estive em Aveiro e Ílhavo à procura de minhas raízes e dos descendentes dos irmãos de minha avó paterna. O senhor Antônio Bizarro me ajudou muitíssimo quando estive aí e foi por intermédio dele que encontrei o Ricardo Jorge.
Será ótimo estar em contato consigo. No topo superior direito da página tem o meu contato no Facebook, e meu email é machado_marcio@hotmail.com.
Muitíssimo obrigado pelo contato.

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