Eu sei fazer castelos - de cartas, de ventos, de areia e canções,
Faço-os como quem brinca na beira da praia ao amanhecer,
Como quem experimenta a vida e vive, acanhado, as emoções
Que vêm de longe, de perto, de dentro da gente -
Emoções do brilho das estrelas, da maciez das rosas e do cheiro do alfinete quando floresce.
Uma noite dessas, pus meus castelos sobre um barco sob a lua
E fiquei vendo de longe o que os ventos e a chuva fariam.
Uma noite dessas, vi meus castelos ruindo aos poucos no vento
Enquanto eu observava de longe, do outro lado da rua.
Meu amor é como um castelo de areia em meio à ventania.
Eu falo de sonhos naufragados e de ilusões perdidas,
Mas não lhe conto dos olhos mareados nem do peito intumescido:
A chuvarada da noite encobre tudo – pranto e riso.
Blem bem blem bem blem bem blem bem blem bem bem
É o sino na noite escura, pedindo ao meu bem que volte;
É meu coração triste desejando de seu amor a quentura.
Canto notas em tom menor porque elas sabem falar da dor no peito.
Deixei de lado os colibris e o rouxinol porque são sempre encantadores.
Sei que na vida tudo passa, e que nada, verdadeiramente nada,
Dura para sempre.
Mas enquanto a vida vai se fazendo de alegrias e dores
Com meus olhos molhados da chuva e meu peito ardente,
Eu fico parado do outro lado da rua
Vendo meus castelos e meus amores serem levados pelo vento.
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Um comentário:
Parabéns pelas palavras amigo.
Como sempre sublime na expressão dos sentimentos.
beijos
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