terça-feira, abril 04, 2006

Ave Errante

Vivo de vento
- com a cabeça no ar
Vivo de vento
- Não tenho pousar.

Sou dente-de-leão,
Sou ave errante,
Procuro um coração
Que está sempre distante.

Se acho copas - se desfolham;
Se encontro ninhos - se desfazem;
As chuvas que me molham
São labaredas que me ardem.

Sou ave errante - não tenho paragens
Vivo de vento – forte ou suave
Errante, sempre errante,

Na solidão dos ares.

Um comentário:

Anônimo disse...

Não sei porque mais me identifiquei muito com esse poema...Ele tem uma liguagem clara, objetiva, traduz um pouco do meu momento...Hj estou assim, não sei se vivendo de vento ou como o vento - "forte ou suave, errante sempre errante , na solidao dos ares".
Parabéns mais uma vez, por suas obras primas!!!Bjinhos!!!

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