sexta-feira, novembro 07, 2008

Quem é você?

O que é isso que você está me fazendo sentir?
Essa sensação de que nos conhecemos há tempos, quando na verdade apenas nos descobrimos?
Na semana passada, enquanto te esperava chegar, meu coração não me dava tréguas: pulava, tremia, sofria, gritava, queria rasgar meu peito.
Enquanto eu caminhava ao seu encontro, meu interior era um mar Egeu cheio de deuses e mitos e lendas ancestrais, de batalhas titânicas e dúvidas imortais – ou tão mortais quanto eu e esse medo de existir de verdade.

Cada segundo de espera eram eras que passavam lentas, se arrastando e me arrastando com elas.
Aí você chegou. Me viu. Parou. Hesitou – o que foi? – pensei. Então você sorriu.
Era noite, nunca vou me esquecer do vento em meu rosto, da lua no céu, da multidão desaparecendo ao redor, do seu rosto brilhando e me tragando para ele – quis um beijo ali mesmo, mas parei só para te olhar melhor.

Quando vi seu sorriso, senti meu corpo todo tremer! Tremeu como na hora em que você me beijou - se lembra?
Tremeu todo e eu pensei: quem é você? Não faz uma semana que nos falamos!
Aí a gente entrou no restaurante, você sentou diante de mim, e eu não conseguia parar de querer olhar seus olhos, tão grande era o meu êxtase.

Você sorriu de novo, e eu quis ter aquele sorriso quando acordasse e quando dormisse; Quis ter aquele sorriso quando estivesse triste, como agora, confuso como agora.
Quis ter aquele sorriso pra mim, e sentir aquele cheiro, e olhar naqueles olhos de mistérios.
- Seus olhos não te revelam, mas eles são profundos demais.

Quem é você que me fez querer escrever poemas novamente?

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