Essa sensação de que nos conhecemos há tempos, quando na verdade apenas nos descobrimos?
Na semana passada, enquanto te esperava chegar, meu coração não me dava tréguas: pulava, tremia, sofria, gritava, queria rasgar meu peito.
Enquanto eu caminhava ao seu encontro, meu interior era um mar Egeu cheio de deuses e mitos e lendas ancestrais, de batalhas titânicas e dúvidas imortais – ou tão mortais quanto eu e esse medo de existir de verdade.
Cada segundo de espera eram eras que passavam lentas, se arrastando e me arrastando com elas.
Aí você chegou. Me viu. Parou. Hesitou – o que foi? – pensei. Então você sorriu.
Era noite, nunca vou me esquecer do vento em meu rosto, da lua no céu, da multidão desaparecendo ao redor, do seu rosto brilhando e me tragando para ele – quis um beijo ali mesmo, mas parei só para te olhar melhor.
Quando vi seu sorriso, senti meu corpo todo tremer! Tremeu como na hora em que você me beijou - se lembra?
Tremeu todo e eu pensei: quem é você? Não faz uma semana que nos falamos!
Aí a gente entrou no restaurante, você sentou diante de mim, e eu não conseguia parar de querer olhar seus olhos, tão grande era o meu êxtase.
Você sorriu de novo, e eu quis ter aquele sorriso quando acordasse e quando dormisse; Quis ter aquele sorriso quando estivesse triste, como agora, confuso como agora.
Quis ter aquele sorriso pra mim, e sentir aquele cheiro, e olhar naqueles olhos de mistérios.
- Seus olhos não te revelam, mas eles são profundos demais.
Quem é você que me fez querer escrever poemas novamente?
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