quinta-feira, janeiro 12, 2006
A SACADA
Na sacada escura de um casebre
A alva moça se quedava triste
Trazendo ao colo murchas flores
De um amor que à brisa leve
Sem dizer adeus partiu.
Foi-se ele a flutuar no rio
Sobre uma canoa a tremer de frio
Como um animalzinho sem seu rebanho
A vagar ao léu e assustado
Sem da lua alheia ter a luz
Nem da lamparina o fogo tênue
A consolar-lhe o coração
Com’um ardente bálsamo
Na negrura torpe de tão torpe pântano
Entre árvores lúgubres e ervas mortas
Sumiu-se o noivo a olhar a sacada triste
Onde vira seu último amor.
À partir de então, naquele casebre
De sofreguidão e lágrimas
A triste moça, de ebúrnea pele
Sentou-se silenciosa e pálida
E lá ficou trazendo ao coloAs murchas flores de seu grande amor.
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3 comentários:
me encantei com este poema, me lembrou álvares de azevedo
me encantei com este poema, me lembrou álvares de azevedo
Márcio, Poeta, vc realmente surpreende a cada dia. Parabéns pela beleza de seus versos
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